Aeromancia é a arte de predizer, ou divinação, o futuro realizada pela interpretação das condições atmosféricas, através de formações gasosas no ar. Também é conhecida como meteoromancia.
O primeiro registro da palavra aeromancia ocorre em Chambers no ano de 1753, definida como o departamento da ciência que trata da atmosfera, não tendo relação com uma forma de divinação. Contudo, variações desta palavra têm sido usado por toda a história, com o exemplo mais antigo sendo da Bíblia, embora acredite-se que a prática fosse empregada pelos antigos sacerdotes babilônicos.
Baseada, principalmente, nas direções do vento, uma das variações inclui atirar-se punhados de areia ou poeira ao vento, e estudar-se a forma resultante da nuvem de pó que se formava para responder-se à questão proposta. Outra variante consistia em jogar ao vento um punhado de sementes, as quais, ao cair ao solo, formavam um desenho ou figura que era interpretado de forma análoga à adivinhação pelas folhas de chá.
Alguns escritores, como Eliphas Lévi e Arthur Edward Waite, defendem que a observação das nuvens e dos fenômenos atmosféricos seria apenas uma forma do homem modificar sua forma de pensar, afastando-se dos assuntos mundanos e entrando em um estado contemplativo. O vidente ficaria, desta maneira, receptivo aos sinais recebidos por sua mente que normalmente são abafados pelas atribulações corriqueiras.
A aeromancia é citada em Deuteronômio 18, sendo condenada por Moisés. Ela também é condenada por Alberto Magno em Speculum Astronomiae, que descreve a prática como uma derivação da necromancia. A prática foi desacreditada pela análise cética de Luis de Valladolid em sua obra Historia de vita et doctrina Alberti Magni, de 1889.
Na magia renascentista, a aeromancia era classificada como uma das sete artes proibidas, junto com a necromancia, a geomancia, a hidromancia, a piromancia, a quiromancia e a escapulomancia.